Introdução
Hoje em dia ouvimos falar
das brigas constantes entre os povos árabes e o povo judeu. São sempre notícias de mortes, atentados, guerras,
terrorismo, a tal Intifada. Ficamos nos
perguntando o porquê de tanta briga.
Nesse trabalho fizemos uma pesquisa, que de certo, é muito pequena para conseguirmos explicar ou entender, mas aprendemos um pouco sobre esses povos.
Árabes
O termo
árabe se refere não apenas aos povos da Península Arábica, mas também à um
grande segmento da população do Oriente Médio e Norte da África , nas Américas,
no Chad, Irã e muitos outros lugares.
De fato a maior parte dos 100 milhões de árabes vivem na Arábia Saudita,
Jordânia, Qatar, Kuwait, Oman, Emirados Árabes, Bahrain, Iêmen, Iraque, Egito,
Síria, Israel, Líbano, Líbia. Argélia, Marrocos, Sudão, Tunísia e Turquia.
Todos os árabes consideram a
Península Arábica, seu lar ancestral.
Foi onde sua língua se originou e é o local onde está o templo mais
sagrado de sua religião, a Grande Mesquita, na cidade de Meca.
Muito antes da fundação do
Islã , a Arábia era habitada por
tribos, algumas viviam em comunidades permanentes, enquanto outras eram nômades.
Essas tribos eram descendentes de algumas das duas ramificações de árabes.
Uma ramificação chamada de
“Verdadeiros Árabes” podia traçar sua descendência desde o antigo patriarca
Qahtan. A outra ramificação era considerada descendentes de Ismael, filho do patriarca
hebreu Abraão. Essas pessoas são chamadas “árabes arabizados”, porque
se acreditava que vinham do lar original de Abraão, na Mesopotâmia, hoje o
Iraque.
A força mais poderosa no
Mundo Árabe é o Islã “submissão” ( aos
desejos de Alá ). É a religião que
molda as atitudes, costumes e a justiça.
O Islã é uma
religião conservadora, orientada pela tradição baseado na interpretação do Livro Sagrado, o Corão.
A
lei no Mundo Árabe é baseada na revelação divina, dada à Maomé, o fundador do
Islã. Pelo fato de que as revelações
terminaram com a morte de Maomé em 632, a lei se manteve imutável.
O
Nacionalismo árabe realmente cresceu no século 20, inspirado pelas idéias
européias. A essência do Nacionalismo
Árabe foi definida em 1938 “TUDO O QUE É
ÁRABE, NA LINGUAGEM, CULTURA E LEALDADE”.
Por
causa da adesão dos árabes ao Islã, esses ideais de nacionalismo transcendem as
fronteiras nacionais. Mesmo assim os Estados Árabes vivem às turras uns contra
os outros.
A
região entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo que foi conhecida como
Palestina, mudou de identidade em maio de 1948. Nesse dia e ano uma parte desse
território se tornou o Estado de Israel. A porção adjacente e a oeste do rio
foi tomada pela Jordânia em 1948 na Guerra pela independência de Israel.
O
significado da Palestina sempre foi maior do que o seu tamanho. Localizada
estrategicamente na junção da África e sudoeste da Ásia, a Palestina foi sempre
motivo de lutas entre grandes poderes, no Egito e Mesopotâmia, nos tempos
antigos. Mais tarde, os cruzados cristãos da Europa ocuparam essas terras,
tentando tirar a região do controle muçulmano. Finalmente o Movimento Sionista
que procurava restaurar a Lei Judaica na região que já havia sido parte do
Reino de Israel.
O
Estado de Israel é o resultado do movimento político chamado Sionismo,
acrescido do horror que foi a matança de mais de 6 milhões de judeus na II
Guerra Mundial.
A
Palestina, histórica e geopolíticamente é a encruzilhada das três maiores religiões
: Judaísmo, Cristianismo e o Islã. A cidade de Jerusalém tem um significado
todo especial para essas religiões.
Para
os judeus, a Palestina é o local do antigo Reino de Israel., a terra à eles
prometida por Deus. Jerusalém é o local
onde existia o Templo.
Para os cristãos, Jesus viveu na
Palestina , Jerusalém é o local onde Jesus viveu e pregou. É o local onde Jesus
morreu.
Para
os muçulmanos, certos locais na Palestina estão associados ao profeta Maomé.
Jerusalém é local sagrado para o Islã,
embora menos importante do que Meca ou Medina, os muçulmanos acreditam que o
profeta Maomé, mensageiro de Deus e líder do Islã, amarrou seu cavalo no Monte
do Templo na noite em que subiu aos céus.
A
Palestina foi colonizada por tribos semitas desde os primórdios. Era chamada
Canaã.
No
século 20 a Palestina era governada pela Grã-Bretanha que passou a observar a
imigração do povo judeu e auxiliá-los a obter seu pedaço de terra para que
pudessem ter um país.
A
história do povo judeu é ligada por um só e inesquecível evento – O
Êxodo (partida) do Egito sob a liderança de Moisés.
Durante
séculos o povo judeu não teve terras, não existia um país. Seu povo ficou unido
sob suas tradições e religião. Havia judeus ( e ainda há) de todas as
nacionalidades, nascidos em pátrias diversas , ainda assim eles eram o Povo
Judeu.
As terras onde Israel está
localizado são consideradas sagradas por três diferentes religiões: para os
judeus, Israel é a “Terra Prometida”, para onde Moisés levou o povo judeu, para os católicos, é a
“Terra Santa”, onde Jesus viveu e para os muçulmanos é um local sagrado porque
foi em Jerusalém que Maomé teria subido aos céus.
Essa
região foi dominada por gregos, romanos e bizantinos. Em 636 era dominada pelos
árabes islamitas. De 1099 a 1291 foi invadida pelos cristãos, nas Cruzadas. Em
1516, os turcos a dominaram. Em 1917, os ingleses expulsaram os turcos e
instalaram o protetorado da Palestina. Por aí se vê que sempre foi uma região
em conflito.
O
povo judeu vivia disperso por vários países do mundo e em 1897 foi fundado o
Movimento Sionista que pregava a criação de um Estado para o povo judeu. Muitos
judeus então começaram a imigrar para a “Terra Prometida”. A Inglaterra apoiava a criação de um Estado
judeu, por isso, até 1933 a imigração continuou aumentando.
Os
árabes não estavam nada satisfeitos com essa história. Com a 2° Guerra Mundial , a
perseguição de Hitler ao povo judeu, bem como a todas as mortes e
sofrimentos
por que passaram, a história desse povo
sem país fez com que sua causa despertasse a simpatia e interesse mundiais.
Além do que, muitos representantes do povo judeu eram pessoas muito ricas e
influentes em diversos países e trabalhavam para que seu povo pudesse voltar a
ter uma pátria.
Foi
assim que, a ONU fez a divisão, em 29 de novembro de 1947 dos 26 000 km2 da Palestina (o tamanho do
Estado de Alagoas). Israel, com 680 000 judeus, ficaria com 55% do território e
os 1 milhão e 300 mil árabes ficariam com 45%. Jerusalém foi transformada em
Cidade Internacional . Os países árabes, é claro, votaram contra. Mesmo assim a divisão foi aprovada.
Desses 2 Estados só Israel
se organizou. No dia 13 de maio de 1948, os ingleses se retiram das terras e,
no dia 14 , Israel declarou sua independência. Os palestinos árabes, viraram um
povo sem pátria e no dia 15 (dia seguinte à declaração de independência de
Israel) o país foi invadido por exércitos de cinco países árabes.
Israel venceu a Guerra da
Independência e conquistou 6000km2. Assim passou a ocupar um território de
20700km2 e metade da cidade de Jerusalém. O Egito ficou com a Faixa de Gaza e a
Jordânia ficou com a Cisjordânia. O Estado Palestino nunca foi proclamado e 700
000 palestinos tiveram que fugir das áreas ocupadas pelos israelenses, virando
refugiados em diversos países.
Israel venceu esses cinco
exércitos e conquistou as terras mas, continuou a ser um vizinho odiado por
todos os países árabes que o cercam.
Pelas notícias mais recentes
podemos ver que os conflitos entre árabes e judeus , embora sejam muito antigos
estão longe de Ter uma solução. Se é que algum dia terão.
Bibliografia
Revista Superinteressante
Enciclopédia Multimídia Compton
Enciclopédia Multimídia Encarta
1....................................................................................................
2.....................................................................................................
3.....................................................................................................
4.....................................................................................................