Barão de Mauá
[Irineu
Evangelista de Souza, Barão (1854) e visconde com grandeza (1874) de Mauá]
Empresário e político brasileiro (Arroio Grande, município de Jaguarão, RS, 28-
XII-1813- Petrópolis, RJ, 21-X-1889). Órfão de pai viajou para o Rio de Janeiro
em companhia de um tio, capitão da marinha mercante. Aos 11, empregou-se como
caixeiro d4e uma loja de fazenda. Em 1830 passou a trabalhar na firma
importadora de Ricardo Carruthers, e lhe ensinou inglês, contabilidade e arte
de negociar. Aos 23, fê-lo gerente e logo depois sócio. Mas o jovem Irineu já
aparece sozinho, em 1845, a frente de um ousado empreendimento, levantando-os
os estaleiros da Companhia Ponta de Areia, com que se inicia a indústria naval
brasileira. A viagem à Inglaterra (1840), onde fora buscar fundos, convenceu-o
de que o Brasil deveria caminhar quanto antes para a industrialização.
Em plena ascensão, como homem de negócios prontificou-se a
fornecer os recursos financeiros necessários a defesa de Montevidéu, quando o
governo imperial decide intervir as questões do Prata(1850). Da Ponta de Areia
saem os navios e canhões para a luta contra Oribe, Rosas e Lopez. A partir de
então, não é fácil de limitar a área da ação de Mauá, entre as atividades de
industrial e banqueiro. Esta a frente das principais iniciativas a favor do
progresso material no Segundo Reinado: a iluminação a gás do Rio de Janeiro
(1851); o primeira companhia de navegação do Amazonas(1852); a primeira estrada
de ferro, da Raiz da Serra à cidade de Petrópolis(1854), o assentamento do cabo
submarino(1874), entre muitas outras.
Foi deputado pelo Rio Grande do Sul, nas legislaturas de
1856, 1859-60, 1861-1864, 1864-1866, 1872-75. Renunciou ao mandato em 1873,
para atender aos seus negócios ameaçados desde a crise bancaria de 1864. Em
1875, viu-se obrigado a pedir moratória, apresentando a famosa Exposição aos
credores de Mauá & CIA., a que se seguiu longa demanda judicial,
derradeiro capitulo da biografia do grande empreendedor. Doente, minado pelas
diabetes, só descansou depois de pagar o último vintém.
Bibliografia-Enciclopédia Barsa LTDA.