FEBRE REUMATICA

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO:

            Doença do tecido colágeno

            Importância clínica – cardite e fibrose das válvulas.

 

EPIDEMIOLOGIA:

            Declínio na incidência e prevalência após introdução do ATB.

            Constitui a principal causa de morte por cardiopatia no grupo etário de 5 aos 24anos.

           

FATORES PREDISPONENTES:

            Fatores quantitativos – diz respeito à gravidade da infecção estreptocócica (IE).

            Variação às IE do grupo A – cepas de “reumatogenicidade” diferentes. Prot. M.

            Geografia e clima.

            Idade – mais comuns em crianças de 9 a 11 anos.( idade escolar).

            Sexo e raça .

            Suscetibilidade adquirida – maior em indivíduos reumáticos que na população geral.

            Fatores genéticos.

 

ETIOLOGIA:

            Estreptococos do grupo A.

 

PATOGÊNESE:

1-     presença do estreptococo do grupo A .

2-     resposta indicativa de infecção recente por anticorpos.

3-     Persistência do organismo na orofaringe por tempo suficiente.

4-     Localização da infecção em orofaringe.

 

PATOLOGIA:

            Reações inflamatórias proliferativas e exsudativas difusas do coração, articulação e pele.

·        Lesões Cardíacas.

a)      Pericardite – espessamento, exsudato fibrinoso e fluido pericárdico serossanguinolento.

b)      Miocardite – nódulos de Aschoff e infiltrado celular difuso.

c)      Sistema de condução - Ý intervalo P-R.

d)      Endocardite – Lesões no aparelho valvar. (mitral > M-A > aórtica > tricusp. > pulm.)

·        Lesões Extracardíacas.

1.      Articulações – edema e hiperemia de membrana sinovial, derrame seroso.

2.      Nódulos subcutâneos – material necrótico circundada por histióc. E fibroblast.

3.      Coréia de Sydenham – arterite, degeneração e infiltrado celular, etc no SNC.

4.      Pneumonite Reumática – associado à cardite severa.

 

 

 

 

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

            Infecção estreptocócica prévia – 2/3 dos pacientes.

            Artrite – 75% dos pacientes. Poliartrite migratória de grandes articulações.

            Cardite – sopros cardíacos orgânicos ou sopros não presentes previamente.

-         aumento do coração.

-         Insuficiência cardíaca congestiva.

-         Atrito pericárdico ou sinais de derrame.

Arritimias – condução atrioventricular retardada ( ­ intervalo P-R).

Nódulos subcutâneos – lesões subcutâneas firmes, redondas e indolores.

Eritema Marginato – anel róseo brilhante. ( tronco).

Corea de Sydenham – mov. Rápidos, involuntários, errátios, fraqueza muscular.

Febre – 38 a 40 C.

Dor abdominal - ¯ 5%.

Epistaxe – 4 a 9%.

 

ACHADOS LABORATORIAIS:

            Cultura orofaringe - (estreptococos grupo A).

            Anticorpos – antiestreptolisina-O (ASLO) e anti-DNAase. Anti-hialuronidase.

            Provas de fase aguda – VHS, proteina C-reativa, mucoproteina.

            Anemia – normocrônica normocítica.

ECG – inespecífico. Aumento intervalo P-R.

 

DIAGNÓSTICO: ( Critérios de Jones)

            Maiores: - cardite, poliartrite, coréia, eritema marginato, nódulos subcutâneos.

            Menores: - febre, artralgia, febre reumática prévia, VHS ­, PCR +, ­ P-R.

 

TRATAMENTO:

            Conduta Geral

     repouso; pen. Benzatina.

            Terapia anti-reumática

     salicilatos ( AAS 6 a9g/dia)

-         corticóides ( prednisona 40 a 60mg/dia)

-         tratamento da coréia ( tranqüilizantes e sedativos).

 

PREVENÇÃO:

            Pen. G  Benzatina 1,2 milhões/mês.

            Pen V oral 125 a 250mg 4 vezes/dia por 10 dias.

            Eritromicina 250mg  duas vezes dias por 10 dias.

            Imunização com vacinas antiestreptocócicas.