John Fitzgerald Kennedy

 

Trigésimo quinto presidente dos E.U.A., nascido em Brookline, Boston, a 29 de maio e falecido em Dalas, Texas, a 22 de novembro.

Tinha 43 anos ao assumir a chefia do governo, após difícil pleito em 1960, quando, como can­didato do  Partido  Democrata,  conseguiu 34.221.463 votos contra 34.108.582 de Richard M. Nixon, do Partido Republicano.

Do período regulamentar de administração - 1961 a 1965 - Kennedy cumpriu somente 34 meses e dois dias, pois foi assassinado a tiros na ci­dade de Dalas, Texas, onde pretendia fazer  exposição de sua política externa e das possibilidades dos E.U.A. na disputa espacial e armamentista com a U.R.S.S.

Foi detido como principal suspeito do atentado, e logo a seguir também assassinado, o extremista e ex-fuzileiro naval Lee H. Oswald de 24 anos.

Kennedy, filho de Joseph Patrick Kennedy e de Rose Fitzgerald Kennedy, fez seus primeiros estudos numa escola de Brookline, ingressando depois na Choate School, em Wallingford, Connecticut. Em 1935 entrou para a Universidade de Princeton, mas interrompeu o curso por motivo de doença. Após um pe­queno estágio na Inglaterra, onde ajudou a seu pai na embaixada, voltou aos E.U.A. e graduou-se com louvor pela Universidade de Har­vard. A 12 de setembro de 1953 casou com Jacqueline Lee Bouvier. Deixou dois filhos:

Caroline e john, Jr. Durante ali Guerra Mundial, em 1941, Kennedy alistou-se na Marinha. Findo o conflito, dedicou-se ao jornalismo. Foi correspondente no International News Service (INS), fazendo coberturas, para aquela agência de notícias, da Conferência de 5. Francisco, na qual foi fundada a O.N.U., e das eleições inglesas de 1945. Como escritor, desenvolveu igualmente grande atividade. Um de seus livros mais conhecidos é Profiles in Courage, escrito durante a convalescença de uma operação para corrigir uma lesão na coluna vertebral agrava­da em conseqüência de acidente na II Guerra Mundial. A obra obteve o Prêmio Pulitzer.

Kennedy iniciou sua carreira política em 1946, quando foi eleito deputado federal pelo seu Estado. Conseguiu reeleger-se em 1948 e 1950.

Em 1952 foi eleito senador, em plena época do McCartismo, derrotando Henry Cabot Lodge.

Em 1958 reelegeu-se senador por Massachu­setts. Na convenção do Partido Democrata de 1956 apoiou a indicação de Adlai Stevenson à presidência. Nessa mesma convenção era indicado para concorrer ao cargo de vice-presiden­te, perdendo para Estes Kefauver, do Tennessee. A chapa democrática foi derrotada pelo Partido Republicano, que lançou Eisenhower e Nixon. Em 1958 reelegeu-se senador por Massachusetts. Na convenção democrata realizada em 1960, Kennedy foi escolhido por unanimidade como o candidato à Casa Branca, indicando por sua vez - e com grande empenho - a Lyndon Johnson para figurar na chapa democrática como candidato à vice-presidência. o pleito, realizado no dia 8 de novembro do mesmo ano, deu-lhe vantagem sobre seu adversário de 112.881 votos. De acôrdo com o processo eleitoral dos E.U.A., pelo qual o candidato recebe certo número de votos em relação ao eleitorado de cada Estado onde consegue maioria, Kennedy foi eleito com 303 votos no Colégio Eleitoral, contra 219 dados a Richard Nixon.

Assumindo o governo, pôs em prática o que chamava política de "Nova Fronteira", uma série de medidas visando a recolocar os E.U.A. na liderança do mundo, segundo ele nas mãos da U.R.S.S., por falhas da política republica­na. Encontrou forte reação dos membros conservadores do Congresso, logrando porém a aprovação de duas das medidas que preconizava: a ajuda às áreas subdesenvolvidas, consubs­tanciada, para a América Latina, na criação do programa "Aliança para o Progresso", que sofreu, contudo, restrição de verbas; e, internamente, a nova lei do salário mínimo. Enfrentou com grande firmeza o problema do desemprego e combateu a segregação racial, tendo garantido a grande marcha dos negros sobre Washington (1963). Externamente, promoveu diversos contatos com estadistas estrangeiros, tendo em vista o desarmamento, culminando sua ação política com a assinatura do tratado de proscrição de provas nucleares na atmosfera, assinado em Moscou (1963). Enfrentou os comunistas no Laos, e, em outubro de 1962, depois de alguma hesitação, determinou o bloqueio naval de Cuba.