Pulgas

 

 

Formas de Distribuição do Amphipoda Pseudorchestoidea brasiliensis

(pulga da praia)

Bruno Reis Amaral

Leandro Silva Barbosa

Luis Eduardo São Thiago

Marcos da Silva Pugirá

Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade do Rio de Janeiro, Brasil

26 de Janeiro de 1999

 

Keywords: Amphipoda, Praia do Forte, Pseudorchestoidea brasiliensis, Pulga da Praia, distribuição

O Pseudorchestoidea brasiliensis estudado na Praia do Forte, foi coletado e estudado em diversas distâncias perpendi-culares à linha da maré. Foram ao todo vinte amostras do material, sendo que duas por ponto amostral. Feita a coleta, ob-servou-se o sexo do Amphipoda e sua distribuição. Foram encontrados poucos indivíduos machos e grande número de in-divíduos fêmeas. Sua distribuição foi Agregada.

Introdução

Os Amphipodas de praias, exibem adaptações morfológicas e fisiológicas. O salto do Pseudorchestoidea brasiliensis, por exemplo é uma adaptação ao meio. O Pseudorchestoidea é encontrado no ecótone praia, mediolitoral (retenção). No Brasil, Rio de Janeiro (Praia do Forte), a Pulga da praia foi encontrada de 10:00h a 12:00h, em distâncias de 6-11,5m de sua cova até a linha da maré. Feita as 20 coletas, foram encontrados um maior número de indivíduos fêmeas, podendo in-dicar uma tendência poligênica. No local estudado, existi um esgoto in natura. Portanto, um alto nível de eutrofização e uma suposta influência no meio habitat do Amphipoda. Pois, pode alterar no pH, [O²] e poluição.

Materiais e Métodos

O estudo foi realizado no Rio de Janeiro, Urca, onde vive o Pseudorchestoidea brasiliensis. Para medir a distância entre os pontos amostrais, foi usada uma corda, marcando dez pontos amostrais, eqüidistante um do outro de 7m. Após essas marcações, foram coletadas as amostras do Amphipoda, usando um Quadrante de 0,01m². Para ser melhor estudada, fo-ram feitas duas coletas por cada ponto amostral. Verificando que a região onde a Pulga da Praia habita, é uma área de re-tenção da praia(mediolitoral). O material coletado foi transferido para uma bacia com água, onde foi feita a lavagem, dei-xando a areia no fundo e o Amphipoda em suspensão para facilitar a sua captura. Após a captura, é feita a identificação dos sexos.

Discussão e Resultados

O local pesquisado apresentava Impactado. Oriundo da poluição da Baía de Guanabara. No ponto dez, há uma saída de esgoto in natura. A concentração do Amphipoda Pseudorchestoidea brasiliensis depende da salinidade, umidade e tem-peratura. A temperatura pode influir ou não na sua distribuição. No caso de construir sua cova, a temperatura vai influir na decisão de escolha do local. Portanto, feita sua cova, a temperatura não irá influenciar na sua profundidade. Através dos gráficos analisados, percebe-se que a população de Pseudorchestoidea brasiliensis, se desloca perpendicularmente à li-nha da praia. De acordo com a hipótese relatada por (Bregazzi & Naylor, 1972 ; Willians, 1976), o Talitrus saltator ao a-manhecer se desloca e procura locais acima do nível da maré do dia seguinte. Este comportamento previne que as suas to-cas sejam inundadas durante a próxima maré. Caso ocorra a inundação dessas tocas, haverá um prejuízo muito grande dessa população.

Referências

John, A. W. 1983 Environmental Regulation of the Burrow Depth Distribution of the Sanda-beach Amphipod Talitrus saltator 16, 291-298.