CRISTIANISMO

 

Entre as religiões monoteístas, o cristianismo é, sem dúvida, a que conta com maior número de fiéis e a que está mais difundida em todo o mundo. Nascida dos ensinamentos de Cristo como prolongamento e superação do judaísmo, no curso de sua evolução histórica viu dela se formarem três grandes ramos: a Igreja Católica, as igrejas protestantes e as igrejas ortodoxas. Embora divirjam em importantes aspectos doutrinários, essas três vertentes permanecem irmanadas por sua crença no caráter divino da revelação de Jesus, na existência de um Deus único em três pessoas, iguais em natureza e dignidade, que criou o mundo do nada, e nos princípios essenciais da cristandade: amor a Deus sobre todas as coisas, traduzidas necessariamente no amor ao próximo, e a fé na chegada do reino de Deus.

As raízes do cristianismo encontram-se no universo religioso judaico, uma vez que seu fundador era judeu e seguia os preceitos do judaísmo. No início, os cristãos foram considerados integrantes de uma nova seita judaica.

De acordo com a fé cristã, o Deus revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas enviou a Terra seu filho como Messias salvador, chamado Jesus cristo.

Doze discípulos acompanhavam e seguiam Jesus, ficaram conhecidos como apóstolos.

O cristianismo só obteve liberdade religiosa no ano 313, sob o imperador Constantino.

Atualmente, inúmeras Igrejas denominam-se cristãs. Muitas delas efetivamente orientando-se pelos ensinamentos de Cristo e divergem apenas quanto a detalhes de liturgia ou de culto.

Várias Igrejas têm-se preocupado em reconciliar todos os cristãos em uma só e única Igreja.

O Livro sagrado é a Bíblia judaica (Antigo Testamento) acrescida do Novo Testamento: Evangelhos, Atos dos Apóstolos, Cartas e o Apocalipse, que contêm a vida, os ensinamentos de Jesus, além de orientações às comunidades cristãs.

Os cristãos acreditam em um Deus único e misericordioso, que envio seu Filho, Jesus cristo, para trazer a salvação a todos os homens e liberta-los do pecado. Acreditam ainda na vida eterna, na ressurreição da carne. Pois Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá” (Jô 11,25).

O cristianismo tem sinais sensíveis, sagrados, instituídos pelo próprio Jesus. A maioria das Igrejas aceita o batismo, que assinala a entrada do fiel na comunidade, e a eucaristia, que relembra o sacrifício de Cristo.

As principais festas estão ligadas à vinda de Cristo, dentre elas:

 

Natal – Comemora o nascimento de Jesus (25 de dezembro);

Epifania – Celebrada, sobretudo por cristão ortodoxos, comemora a manifestação de Jesus à humanidade, relacionada com a visita dos Reis Magos (6 de janeiro).

Semana Santa – Relembra a paixão de Cristo e inclui a celebração da Eucaristia (Quinta-Feira Santa), a memória da morte de Jesus (Sexta-Feira Santa), o Sábado de Aleluia. Culmina com a Páscoa.

Páscoa – Celebra o acontecimento mais importante do Cristianismo: a Ressurreição de Cristo.

Pentecostes – Celebra 50 dias após a Páscoa, evoca a vinda do Espírito Santo.

 

ISLAMISMO

 

O islamismo é uma religião monoteísta baseada nos ensinamentos de Maomé, contidos no livro sagrado islâmico, o Alcorão.

A palavra islã significa submeter-se e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá, que é o deus árabe.

Seus seguidores são chamados mulçumanos. Os muçulmanos consideram Maomé o último de vários profetas -- Adão, Abraão, Moisés e Jesus, entre outros -- e afirmam que somente a mensagem transmitida a ele por Deus se conserva intacta, enquanto os demais livros sacros sofreram deteriorações e mutilações ao longo dos tempos. O islamismo não pode ser considerado apenas uma doutrina religiosa, pois legisla, ao mesmo tempo, sobre a vida interior, política e jurídica da comunidade -- da mesma forma que o judaísmo e o hinduísmo. 

Desde o início de suas pregações, Maomé infundiu em seus seguidores um profundo sentimento de fé e de fraternidade, intensificada em conseqüência das perseguições que o fizeram deixar Meca, mudando-se para Medina, com amigos e parentes, em 16 de julho de 622. Única data da vida do profeta em relação à qual todos os muçulmanos estão de acordo, a hégira (emigração, separação) marca o início da era islâmica. Depois o profeta formou uma comunidade religiosa e política fundada onde é hoje a Arábia Saudita, estima-se que reúne mais de 1 bilhão de fiéis. (18% da população mundial), em especial no Norte da África, no Oriente Médio e na Ásia.

É a segunda maior religião do mundo, atrás apenas do cristianismo. No Brasil há cerca de 1 milhão de muçulmanos.

O Alcorão é a coletânea das diversas revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenados por tamanho.

Seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre as pessoas. Neles estão incorporados elementos fundamentais do judaísmo e do cristianismo.

Os mulçumanos se dividem em dois grandes grupos os xiitas (vivem sobretudo no Irã, representa 8 a 10% dos mulçumanos) e os sunitas (90% dos mulçumanos) que por sua vez divide-se em quatro grupos menores: hanafitas, malequitas, chafeitas e hambanitas.

O mulçumano deve cumprir os chamados pilares da religião. Os cinco pilares da fé islâmica:

1º Profissão de fé: Ala é um Deus único e verdadeiro e Maomé o seu profeta. Os mulçumanos devem repetir essa profissão de fé publicamente, como forma de demonstrar o seu compromisso irrevogável com o islamismo.

2º Preces rituais ou orações: Os mulçumanos devem orar cinco vezes ao dia (ao amanhecer, ao meio-dia, à tarde, ao pôr-do-sol e ao se deitar).

Na mesquita, um local sagrado de oração, sem imagens ou cadeiras, os mulçumanos entram descalços e rezam sobre tapetes, acocorados sobre os calcanhares. Muezin convida os fies para a oração dizendo as seguintes palavras: “Ala é grande. Maomé é seu mensageiro. Vinde orar, vinde vos salvar”.

3º Jejum: Durante o mês do Ramada, o nono do calendário islâmico, jejuam diariamente, enquanto o dia estiver claro. È uma maneira de purificar-se das faltas e refletem sobre os que têm fome, aproximando o coração de Alá.

4º Doações ou caridade: Anualmente, devem fazer uma doação, para ajudar os necessitados da comunidade.

5º Peregrinação: Pelo menos uma vez na vida, cada mulçumano deve fazer uma peregrinação até Meca. Tal peregrinação acontece no último mês do calendário deles, dura quatro ou cinco dias, e é marcada por vários rituais: dar sete voltas ao redor da Caaba, tocar a Pedra Negra, visitar a mesquita de Meca, etc.

 

Calendário mulçumano – Baseia-se nas revoluções da Lua ao redor da Terá. Assim, os meses têm 29 ou 30 dias e o ano 354 ou 355 dias.

 

Ritos e festas:

Aid-el-Seghir – Realizada ao término do Ramadã, é uma grande refeição familiar, em que as pessoas se reconciliam.

Aid-el-Quebir – Os adultos participam de uma grande oração na mesquita e depois comem um carneiro em memória do sacrifício do profeta Abraão. No mesmo dia, no mundo todo, milhares de carneiros são imolados pelos mulçumanos.

 

JUDAÍSMO

 

Religião monoteísta de um Deus pessoal, o judaísmo nascer na antiga Mesopotâmia (atual Iraque), há cerca de quatro mil anos.

Abraão faz a aliança com Deus que promete fazer dele o pai de muitas nações, pedindo-lhe em troca a fidelidade.

O grande mediador entre Deus e Israel foi Moisés, por meio dele que o pacto foi instituído. Moisés nasceu no Egito e foi escolhido por Deus para libertar o povo e conduzi-lo a Canaã, a Terra Prometida.

O judaísmo é uma religião revelada, ou seja, por meio de acontecimentos, da palavra dirigida aos profetas e da sabedoria manifestada na criação, o próprio Deus revelou-se aos homens.

Atualmente, o judaísmo divide-se em quatro grandes tendências: ortodoxo, conservador, reformador e liberal.

 

Livros Sagrados:

 

Palavra como lei – Torá ou Pentauteuco (Gn, Ex, Lv, Nm, Dt).

Palavra como profecia – Profetas, desde Josué até os chamados profetas maiores, Isaías, Jeremias e Ezequiel e os outros doze profetas, de Oséias a Malaquias, chamados “profetas menores”.

Palavra como sabedoria – Salmos, Crônicas, Provérbios, Jô, Cânticos, e Lamentações, além de Rute, Eclesiastes, Éster, Daniel, Esdras, Neemias.

Há também uma lei oral, o Talmude, que, de acordo com a tradição, foi revelada a Moisés e contém a chave para a interpretação da lei escrita. O termo Tora é usado referente à Bíblia judaica com um todo, incluindo o Talmude.

Não há credos ou dogmas aceitos por todos os judeus; contudo professam um Deus único (YHWH ou Javé, tradicionalmente lido como Adonai, “O Senhor”).

Acreditam  e aguardam a vinda de Messias, o enviado de Deus que trará de volta à terra a paz e justiça perdidas por causa do pecado.

A salvação significa a perda da infelicidade humana e do pecado.

Os mortos vão para o Sheol, onde aguardam o juízo final, que trará aos justos a recompensa da ressureição. O destino é, portanto, decidido nesta vida.

Os judeus além de obedecer a lei divina segue uma série de preceitos e ritos.

O sétimo dia da semana judaica (do pôr-do-sol de sexta-feira até o pôr-do-sol de sábado), o Sabath,é o dia em que os judeus vão a sinagoga para a leitura das escrituras e orações.

Após a destruição do Templo de Jerusalém pelos babilônios, em 586 a.C. as sinagogas foram construídas para servir de locais temporário de devoção.

O judeu deve rezar três vezes por dia.

Os casamentos podem ser realizados em casa, pelo rabino (o sacerdote do culto judaico). Valoriza-se a prescrição: “crescei e multiplicai-vos”. O rabino deve ter muitos filhos e dá-se muito valor à santidade do lar.

As festas judaicas estão centradas na libertação do povo judeu. As mais importantes são as seguintes:

 

Pessach (Páscoa) – Celebra o Êxodo em que Deus libertou o povo judeu, liderado por Moisés, da escravidão no Egito. Nos sete dias que se seguem o pão comum é substituído por um não-fermentado e por ervas amargas.

Shavuot (Pentecostes) – Realizada 50 dias após a Páscoa, os judeus agradecem a Deus o dom da Torá e lhe oferecem os primeiros frutos das colheitas.

Sucot (Festa dos Tabernáculos ou das Tendas) – relembra os quarentas anos de viagem pelo deserto, durante os quais os judeus moraram em tendas.

Yom Kippur (Dia do Perdão) – dia em que os judeus não trabalham e além de fazer jejum fazem um auto-exame, rezam pelo perdão dos pecados e buscam a reconciliação com o outro.

Purim – Conhecida como festividade das Sortes, comemora a libertação dos judeus na Pérsia, no século V a.C., como relata o livro de Éster.

 

BUDISMO

 

O budismo surgiu na Índia, por volta do século VI a.C., como reação ao hinduísmo.

Não prosperou em seu país de origem, como em outros do continente asiático. Pouco a pouco foi conquistando outras partes do mundo inclusive o Ocidente. Hoje em dia se totalizam 50 milhões de professantes.

Seu fundador é Sidarta Gautama, o Buda, que significa “o iluminado”, aquele que alcançou o estado de plenitude espiritual e de superação das limitações na vida terrena.

Sidarta era filho de um príncipe e vivia isolado em seu palácio. Insatisfeito com a futilidade de sua condição abandonou os monges e passou a seguir seu próprio caminho de solidão e meditação buscando um caminho capaz de lhe mostrar a verdade.

Descobriu que do bem vem o bem e do mal vem o mal, portanto de nada vale o sacrifício, as preces e a adoração de ídolos. Alcançou o Nirvana (“extinção da chama da paixão e dos desejos”).

Há várias divisões de interpretação dos ensinamentos de Buda, cada qual possui suas próprias doutrinas. O budismo tibetano, cujo líder espiritual é dalai-lama, é a mais conhecida atualmente no Ocidente.

Os ensinamentos de Buda foram transmitidos oralmente. A escrita dos textos sagrados só foi feita séculos após sua morte.

Os budistas não acreditam em um deus, Buda não é  deus, nem santo é um modelo a ser seguido.

Para os budistas todos os seres vivos estão sujeitos a um ciclo eterno de morte e renascimento (samsara) O carma determina se a próxima existência será feliz ou dolorosa.

As principais festas são as do nascimento, das flores (8 de abril) e da morte de Buda, ocasião em que são reverenciados também os espíritos de todos os mortos.

 

HINDUÍSMO

 

Teve origem na índia por volta de 1500 a.C. 

O Hinduísmo não está voltada para a conversão de outros povos. Esta religião, não tem fundador específico. É fruto do encontro de tradições e crenças diversas, da própria organização social da Índia.

Os escritos mais antigos são os Vedas (conhecimento), uma coletânea de orações e hinos.

Brâmanas que contêm significados dos ritos e sacrifícios e os Upanishads que contêm a razão do pensamento e da ação filosofal hindu.

A sociedade hindu determinou uma religião com grande número de deuses, das mais variadas formas, nomes e importância.

Brahma – Espírito Universal, o criador

Vishnu - Preservador, força conservadora das coisas existentes. Missão: salvar e redimir o mundo.

Shiva – O destruidor, que reúne em si  aspectos contraditórios, pois, ao mesmo tempo em que ajuda Brahma a criar, ajuda a destruir.

Estes três deuses formam um único “Ser” supremo, simbolizados pelas sílabas OM ou AUM.

Muitos reconhecem a existência de um único deus verdadeiro que se manifesta e assume diferentes formas: homem, mulher, animal...Podemos dizer que se trata de uma religião politeísta baseada no monoteísmo.

Os hindus acreditam na eternidade da alma, que, por meio de sucessivas reencarnações, passa de uma vida para outra, assumindo a forma animal, vegetal ou animal, num estágio inferior ou superior, de acordo com as ações praticadas em existências anteriores. É o carma.

O objetivo primordial da fé hindu é atingir o mocsa, que é a libertação do ciclo de renascimentos, ou seja, o fim da jornada da alma. Conhecido também como nirvana, que é a união do indivíduo com o Brahma, a Entidade  Suprema.

O hinduísmo dá muita importância para exercícios de concentração, como ioga. Prega a não-violênica, o maior exemplo foi o Gandhi, líder religioso hindu.

A vaca é tida como sagrada, pois para alguns ela representa o último estágio da alma antes de alcançar a divindade, é consagrada a deusa do amor e é o símbolo da maternidade.

Dentre as festas, destacam-se as celebrações em honra de Shiva, em que os fies passam a noite no templo, e de Krishna, que anunciam a chegada da primavera e em que as pessoas aspergem o corpo com poeira e água vermelha (símbolo do sangue novo que deve correr nas veias). Há ainda numerosas peregrinações aos lugares sagrados.

 

UMBANDA

 

Religião sincrética própria do estado do Rio de Janeiro, a umbanda é praticada em terreiros encabeçados por um pai ou mãe-de-santo, que preside às cerimônias, auxiliados por um cambono (acólito). Os cânticos denominam-se pontos e, como no candomblé, têm a função de chamar o santo, que se incorpora nos filhos-de-santo, ou cavalos. Correspondentes às nações do candomblé, as linhas de umbanda são diversas: linha do Congo, linha do Cabinda, linha da Costa. Como no candomblé, os orixás se comunicam diretamente com as pessoas.

 

ESPIRITISMO

 

Espiritismo é o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores.

É o Consolador prometido, que veio, no devido tempo, recordar e complementar o que Jesus ensinou, restabelecendo todas as coisas no seu verdadeiro sentido, trazendo, assim, à Humanidade as bases reais para sua espiritualização.

Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.

Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da existência terrena e qual a razão da dor e do sofrimento.

Traz conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos.

Pode ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.

Pontos fundamentais:

Deus é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.

O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.

Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados (Homens), existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.

No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.

Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.

O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.

Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.

Os Espíritos são criados simples e ignorantes, evoluem intelectualmente e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.

Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.

Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.

Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso, intelectual e moral, depende dos esforços que faça para chegar à perfeição.

Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes, e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos impelem para o mal.

Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.

A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela humanidade.

O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.

A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.

A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural, e é o resultado de um sentimento inato do homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.

A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.


Prática Espírita

Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho: Dai de graça o que de graça recebestes.

A prática espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.

O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: paramentos, bebidas alcoólicas, incenso, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões, talismãs, amuletos, sacramentos, concessões de indulgência, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios, rituais, ou quaisquer outras formas de culto exterior.

O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhece-lo a submeter os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los.

A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é um dom que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da diretriz doutrinária de vida que adote.

Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.

O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem, trabalha pela confraternização entre todos os homens independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença ou nível cultural e social, e reconhece que o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza.

 

ATEÍSMO

 

         A maioria das pessoas raramente estuda suas crenças religiosas, assumindo que tenham alguma. Se eles nasceram em uma predominância cultural cristã, ou muçulmana, ou hindu, ou judaica, eles irão provavelmente adquirir as crenças religiosas da sociedade! Geralmente esse tipo de pessoa que fez pouca pesquisa ou pensou pouco sobre ateísmo e/ou religião costuma dizer que "Ateísmo é religião", o que na verdade se constitui um grande engano.
         Os dicionários são unânimes em definir religião como "1.Crença na existência de força ou forças sobrenaturais. 2.Manifestação de tal crença pela doutrina e ritual próprios. 3.Devoção". Portanto, ateísmo não pode ser considerado uma religião, já que não pode haver um templo ou igreja ateísta, ou um sacerdote ateu e muito menos um deus ateu. Trata-se não de uma religião, e sim de uma filosofia de vida. Tem como bases a ciência, o materialismo e a lógica.
         Os ateus não se preocupam em forçar a sua opinião na sociedade, eles apenas buscam seus direitos e o respeito mútuo. As organizações religiosas tem trabalhado para forçar suas doutrinas sobre a sociedade através de declarações de preces em escolas ou através da mídia. Eles atualmente também tentam instituir uma "lei da bíblia" como base da sociedade civil, e impor uma agenda religiosa através de meios políticos.

 

 

 

 

 

SEICHO - NO – IÊ

 

Em março de 1930 um fato significativo ocorreu no mundo religioso: o Dr. Masaharu Taniguchi lançou a revista intitulada Seicho-No-Ie. A revista foi fruto de anos de busca pela Verdade, levando o Dr. Taniguchi a pesquisar as maiores religiões e filosofias do mundo. Estas revistas, através das palavras nelas impressas, têm transformado a vida dos leitores, fazendo com que eles conscientizem a preciosidade de suas vidas e da vida de todos os seres. Doenças são curadas, restabelece-se a harmonia familiar e manifesta-se a capacidade adormecida. Os negócios também prosperam. Com o lançamento desta revista ocorreu a fundação da Seicho-No-Ie. Durante mais de 50 anos, desde o início da Seicho-No-Ie, o Dr. Masaharu Taniguchi incansavelmente devotou-se à propagação das "palavras de Deus", através de publicações, palestras e transmissões radiofônicas, trazendo salvação à inúmeras pessoas. Devido a todas essas realizações, ele foi considerado "O Homem Milagre do Japão". Em 17 de junho de 1985, aos 91 anos de idade, o Dr. Masaharu Taniguchi partiu para o elevado Mundo Espiritual. Foi sucedido pelo Prof. Seicho Taniguchi, seu genro e herdeiro espiritual. Como Supremo Presidente da Seicho-No-Ie, o Prof. Seicho Taniguchi está, hoje, expandindo vigorosamente os ensinamentos da Seicho-No-Ie e ampliando a organização. Ele é um eminente líder espiritual e autor de vários livros. Seu entusiasmo e vigor estão conduzindo a Seicho-No-Ie a uma expansão cada vez maior.

A essência do ensinamento da Seicho-No-Ie é que somente Deus e o mundo da Imagem Verdadeira criado por Deus é realidade, que originariamente o homem é filho de Deus. No mundo da Imagem Verdadeira o homem é criado à imagem de Deus e já possui todas as virtudes de Deus tais como Sabedoria infinita, Amor infinito, Vida infinita, Provisão infinita, Alegria Infinita e Harmonia infinita. O mundo da Imagem Verdadeira, criado por Deus, é maravilhoso, perfeito, harmonioso. Aqui, agora, está eternamente presente a criação de Deus.  Quando visualizamos concentradamente o mundo da Imagem Verdadeira e despertamos para a Verdade de que somos uma realidade espiritual, perfeita e harmoniosa, desaparece a ilusão e surgem a saúde perfeita, a harmonia e a felicidade. Ao visualizar o mundo da Imagem Verdadeira, o homem passa a ter uma vida divina, mesmo vivendo neste mundo. No mundo da Imagem Verdadeira, o homem, filho de Deus, é isento de pecado, de doença e é livre da miséria, do sofrimento e das angústias. A humanidade não precisa carregar o pesado fardo do pecado original. Até agora, a consciência do pecado vem encobrindo a natureza divina do homem. Entretanto, quando se remove este invólucro (pecado), aparece a Imagem verdadeira harmoniosa e perfeita do homem.